Incêndios e seca devastam o Pantanal: Números alarmantes e ações emergenciais

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Queimadas
Em 10 de Setembro de 2024 às 16:55
Edição de PEonline

Nos primeiros dez dias de setembro, o Pantanal registrou 736 focos de incêndio, quase o dobro dos 373 focos contabilizados no mesmo período do ano passado, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse aumento drástico reflete uma situação crítica para o bioma, embora ainda não tenha superado os níveis de 2020, que marcou a pior série histórica com 2.550 focos de incêndio nos primeiros dez dias de setembro.

Impactos ambientais e situação de emergência

O fogo já consome o Pantanal há mais de três meses, e o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) estima que quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas. Essa devastação resulta em severos danos ambientais e a morte de inúmeros animais. Em resposta, 12 cidades de Mato Grosso do Sul foram declaradas em situação de emergência pelo governo estadual. Os municípios afetados são:

  • Aquidauana
  • Bodoquena
  • Bonito
  • Corumbá
  • Coxim
  • Deodápolis
  • Douradina
  • Dourados
  • Naviraí
  • Nioaque
  • Porto Murtinho
  • Sidrolândia

Ameaça à Serra do Amolar e ações internacionais

A Serra do Amolar, um santuário da biodiversidade e Patrimônio Natural da Humanidade, está em risco devido aos incêndios. Para proteger essa área crucial e a comunidade indígena Guató, brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram enviados à Bolívia. Eles atuam com a autorização para combater incêndios que ameaçam o território brasileiro. Thainan Bornato, chefe de planejamento de operações do Ibama no Pantanal, destaca que a atuação dos brigadistas é apoiada pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

Seca severa e impactos no Rio Paraguai

Além dos incêndios, o Pantanal enfrenta a seca mais intensa da sua história, com o Rio Paraguai apresentando níveis negativos históricos. Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) mostram que das 21 estações de medição ao longo do rio, 18 estão com níveis abaixo do esperado, e três medidores registram patamares negativos. A estiagem compromete a navegabilidade, expõe a vegetação ao fogo e ameaça a fauna local. O Rio Paraguai, que atravessa o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e passa pelos biomas Cerrado, Pantanal e Chaco, é fundamental para a manutenção do ecossistema do Pantanal.

Conclusão

A situação no Pantanal é extremamente preocupante, com um aumento alarmante nos focos de incêndio e uma seca severa. A combinação desses fatores está causando danos significativos ao meio ambiente e exigindo uma resposta urgente e coordenada para mitigar os impactos e proteger o bioma e suas comunidades.

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